Dois mil e talvez sempre
A favela,
o beco,
o morro.
grita.
incansavelmente.
A elite,
tapa o ouvido,
veda os olhos,
finge um sorriso.
Diz que se importa, que vai fazer o possível.
Quem sabe na próxima eleição?
Quem sabe uma cesta básica,arroz e feijão,
não garanta seu cargo.
Aliás,quem somos nós, não é mesmo?
Somos o povo,
somos a voz,
a raça,
a igualdade.
A luta não acabou,ainda vamos atrás.
Enquanto houver poesia, não faltará liberdade.