Pedro pedreiro
Era pedreiro, fora demitido.
Vagava, cabisbaixo, o seu destino.
Em casa, uma mulher e um menino
faziam sua vida ter sentido.
No bolso, um pão francês amanhecido,
cabelos salpicados de cimento,
um filho a chafurdar-lhe o pensamento,
posto que não devia ter nascido.
Era um sujeito crente, um bom cristão.
Tinha por Deus do céu e o seu patrão
o reconhecimento mais profundo.
Hoje virou manchete de jornal
tratado como fosse um marginal,
a ampliar o rol de "vagabundos".
Nem carolina, com seus olhos fundos,
consegue ver o trem e o funeral.
Era pedreiro, fora demitido.
Vagava, cabisbaixo, o seu destino.
Em casa, uma mulher e um menino
faziam sua vida ter sentido.
No bolso, um pão francês amanhecido,
cabelos salpicados de cimento,
um filho a chafurdar-lhe o pensamento,
posto que não devia ter nascido.
Era um sujeito crente, um bom cristão.
Tinha por Deus do céu e o seu patrão
o reconhecimento mais profundo.
Hoje virou manchete de jornal
tratado como fosse um marginal,
a ampliar o rol de "vagabundos".
Nem carolina, com seus olhos fundos,
consegue ver o trem e o funeral.