Desvio da evolução
Quantos boçais ruminam a cultura,
da culta boçalidade dominante,
qual pigmeu, nos ombros do gigante,
a vomitar tolice com fartura!
Quantos venais elevam às alturas
os cotos mutilados da decência,
em nome de uma nova consciência
gestada nos porões das ditaduras!
Quantos chacais, no mundo atual,
rastejam, sob os pés dos que se omitem,
em busca de razões pra que vomitem
as dejeções premidas da moral!
São tantos, que hoje vivem como tal
e crescem, mais e mais, a cada dia,
que a própria evolução nos anuncia,
que o mundo vai ser deles no final.
Se Charles Darwin der o seu aval
e a Sé não reviver a inquisição,
Deus criará do barro um novo Adão
indene às fraquezas da moral:
um novo rei do reino animal,
capaz de ver no outro um irmão.
Quantos boçais ruminam a cultura,
da culta boçalidade dominante,
qual pigmeu, nos ombros do gigante,
a vomitar tolice com fartura!
Quantos venais elevam às alturas
os cotos mutilados da decência,
em nome de uma nova consciência
gestada nos porões das ditaduras!
Quantos chacais, no mundo atual,
rastejam, sob os pés dos que se omitem,
em busca de razões pra que vomitem
as dejeções premidas da moral!
São tantos, que hoje vivem como tal
e crescem, mais e mais, a cada dia,
que a própria evolução nos anuncia,
que o mundo vai ser deles no final.
Se Charles Darwin der o seu aval
e a Sé não reviver a inquisição,
Deus criará do barro um novo Adão
indene às fraquezas da moral:
um novo rei do reino animal,
capaz de ver no outro um irmão.