Em um sistema qualquer
Não há como fugir,
O sistema segura em suas mãos
E o direciona para onde seguir.
Não tem como escapar,
A noite só nasce
Depois de um terrível suicídio vespertino.
É hora de repousar...
Não, não há muita direção,
Os preços são altos,
O salário é pouco,
A vida está meio sem emoção.
Há uma corrente em seus pés,
Casa---trabalho---estudos---casa
(um lazer de vem em quando para
trapacear a rotina).
De onde você vem? Quem você é?
E, em determinados momentos,
Algumas conquistas,
Uma vida até que mais ou menos.
Mas, no fim, felizes serão os vermes,
Que roerão nossas frias carnes
E farão uma bela balada fúnebre
Para comemorar a gorda ceia.