Idiocracia
Estão todos quase soltos, todos loucos,
Gritam mudos, todos surdos, todos cegos,
A visão que todos negam, está diante dos seus olhos,
Olhos cegos, não enxergam, e se cegam a visão.
Muito cedo, todos bêbados,
Já não pensam no passado,
Euforia, só entendem a folia,
Não sentem poesia, ou alegria,
Só distorcem o sentido,
o juízo, está perdido,
Enquanto perdem, entre todos os sentidos,
Sua força, sua mente, se tornando mui dementes,
E dementes, facilmente controlados, os drogados,
Destronados, destroçando suas mentes, entre os dentes,
Estão contentes, satisfeitos, com as grades,
Seus limites, seus grilhões,
Só caminham pelos trilhos, são milhões,
Todos quase inteligentes, essa gente,
Se contenta em estar contente,
E não pensam no futuro, no presente,
Em seus muros de concreto, está ausente,
Qualquer forma de amor, compaixão,
Bem discretos, sutilmente descontentes,
Fadados a solidão.