ENTÃO, VINHA ANDANDO POR AÍ...
E aí surge conflito no espaço comum onde todos transitam
É possível que algum ingênuo, ha ha ha, em discurso, na plataforma política em busca de vil metal, arremete-se a dizer que é preciso ordem, pois já não se controla mais os insurgentes que pela rua estão a incomodar as pessoas de bem, transtornando o bem estar destes, que constroem patrimônio com a labuta da disposição e competência, e que os que surpreendem com a miséria não estão aptos a dinâmica da modernidade, um mundo competitivo próprio da inventividade humana. Mas não se esqueça seu Zé, que a sociedade é perfeitamente organizada por classe e de tendência excludente, então mando a ver, pois a causa do problema disparidade me parece outra.
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TODO BICHO TEM UM PREDADOR (O LOBO DO HOMEM)
Olha que eu vinha voado pensando na vida,
Mas achando que estava sendo perseguido,
Olhei para o lado pus a vista a secionar,
Norte sul leste oeste, dobrei pelo beco sem respirar,
Querendo crer que não passava de uma imaginação,
Mas que nada, a coisa começou a esquentar,
Sentia que havia um bicho no meu calcanhar.
Um homem de valor, seja na idade da pedra,
Seja na selva urbana, tem que estar resolvido,
Então pensei rápido, deve ser um mal entendido.
Quando virei o rosto a noventa graus,
Dei de frente com um cidadão?
À margem... um “vaganau”.
Ele disse que estava trabalhando no jeito,
Que eu passasse o que era de direito.
Por que? Um janota quer estar na rua, no seu território,
Desfilando com o que é melhor da vitrine, é compulsório,
Está pensando que pode sacanear,
Achando que nós aqui, estamos mortos, a bobear!
“Não esboça reação, fica inerte: cala!”
Eu nada mais pensava, só apenas me entregava.
De repente o insurgente disse segue... Só,
Antes que mude de ideia,
Senão te mando para outro lado,
É que gostei da caneta “estilosa!”
E do papel escrito que nota:
O mundo é um ingrato,
apesar de estar nele, com meu gato.
Se gostou de meu último escrito,
Porque me humilhava a gritos,
Não entendi nada apenas segui ...
Então agora já refletindo:
Enquanto não houver gestão de igualdade,
Tudo vai ficar na dualidade,
Sociedade de ricos, sociedade de desvalidos,
Me parece que é razoável, se ainda sobrevivo.
Arre! Vou seguir depressa meu caminho,
E chegar em meu habitat, sentir seguro no ninho.
Já em casa comecei a esbravejar,
Pois compreendi que meus pertences já não podia usar,
Veio o vizinho me conformar,
Explicando que não adiantaria me mudar,
Porque um terço do mundo, está assim todo disposto,
E que todos se acomodam a esse desgosto,
E quer se isolar na contramão, esperando a revolução?
Ah! Enquanto aturdidos,
Estamos todos fo...
No mesmo barco,
Desgovernado.