Ninguém tem tudo.
E nem conhece o tudo.
Só uma parte.
Apenas um fragmento,
fracionado milesimamente por
nossa consciência e miopia.
Ninguém possui realmente tudo.
Ou mesmo algo.
Tudo é tão transitório e passageiro.
É passadiço.
Eterna mesmo é a mudança.
São os ciclos a girar a evolução.
E a devolução de fases e
as dúvidas cruciais.
A certeza é um deserto.
Sem horizonte e sem oásis.
Somos condenados à descrença.
A desconfiança de soslaio.
Essa obliquidade cigana
que muda sempre de lugar...
recolhe vivências, viaja, anota
e prossegue.
Sem bem, saber para onde.
O destino é o enigma.
A razão é o mistério.
E as coordenadas sem perdem
num mapa sem tesouro.
Não nos possuímos.
A nossa estória é do mundo.
Escrita pelo entremear
da história com a genética.
Não fugimos de nosso DNA.
Que impregna o mundo...
São fragmentos de unhas, cabelos
e saliva.
Espalhamo-nos infinitamente.
De fato, nos perdemos
para nos encontrarmos
na miscelânea do mundo.
Mas são as palavras que nos torna definitivos.
Palavras escritas.
Palavras faladas.
Marcamos ouvidos, discursos
e principalmente percepções.
Marcamos emoções com fonética.
Não temos nada.
Absolutamente nada.
Apenas a percepção parcial de uma
minúscula partícula de mundo.
Não queremos ser o átomo.
Mas somente o íon.
Com o poder fatídico de atração.
De coesão colérica.
E, nessa imensa microscopia
nosso cosmos se consome
tal qual café solúvel
em contato com a água.
Levemente adocicado
e sem graça.
Somos ora o adjetivo e
ora a substancia.
Somos dual e antagônicos.
Circunstancialmente somos
geográficos, étnicos
e profissionais.
Insistimos em ter tudo.
E, viemos ao mundo despidos.
Apenas o afeto da civilização
nos dá alguma decência.
E nem conhece o tudo.
Só uma parte.
Apenas um fragmento,
fracionado milesimamente por
nossa consciência e miopia.
Ninguém possui realmente tudo.
Ou mesmo algo.
Tudo é tão transitório e passageiro.
É passadiço.
Eterna mesmo é a mudança.
São os ciclos a girar a evolução.
E a devolução de fases e
as dúvidas cruciais.
A certeza é um deserto.
Sem horizonte e sem oásis.
Somos condenados à descrença.
A desconfiança de soslaio.
Essa obliquidade cigana
que muda sempre de lugar...
recolhe vivências, viaja, anota
e prossegue.
Sem bem, saber para onde.
O destino é o enigma.
A razão é o mistério.
E as coordenadas sem perdem
num mapa sem tesouro.
Não nos possuímos.
A nossa estória é do mundo.
Escrita pelo entremear
da história com a genética.
Não fugimos de nosso DNA.
Que impregna o mundo...
São fragmentos de unhas, cabelos
e saliva.
Espalhamo-nos infinitamente.
De fato, nos perdemos
para nos encontrarmos
na miscelânea do mundo.
Mas são as palavras que nos torna definitivos.
Palavras escritas.
Palavras faladas.
Marcamos ouvidos, discursos
e principalmente percepções.
Marcamos emoções com fonética.
Não temos nada.
Absolutamente nada.
Apenas a percepção parcial de uma
minúscula partícula de mundo.
Não queremos ser o átomo.
Mas somente o íon.
Com o poder fatídico de atração.
De coesão colérica.
E, nessa imensa microscopia
nosso cosmos se consome
tal qual café solúvel
em contato com a água.
Levemente adocicado
e sem graça.
Somos ora o adjetivo e
ora a substancia.
Somos dual e antagônicos.
Circunstancialmente somos
geográficos, étnicos
e profissionais.
Insistimos em ter tudo.
E, viemos ao mundo despidos.
Apenas o afeto da civilização
nos dá alguma decência.