Sempre
Cecília...
sempre Cecília
Meireles, é certo.
Até nos momentos
ruins ou, talvez sim,
por causa deles.
Como nos olhos de
opala do homem
pobre que, tão pobre,
parecia divino.
E que, tão antigo,
parecia menos
mortal, parecia
imortal na sua
pobreza de homem
vivo, existente.
Mas sendo imóvel,
só a testemunha
da sua pobreza.
Cecília...
sempre Cecília
Meireles, é certo.
Até nos momentos
ruins ou, talvez sim,
por causa deles.
(Homenagem à Cecília Meireles e ao se poema Pobreza)