O errado Da vinci

O sensor do alarme que não funciona,

Está ligado, logo, me sinto protegido;

Meu vizinho deixou em casa sua dona,

E zoeirou com outra que tem marido;

tá todo mundo extraviado nessa zona,

Por que será que eu, não estou perdido?

Sempre que a morte acena, pede carona,

Acelero como se eu visse um bandido;

Se o circo Brasil enfeita a sua vasta lona,

Em nada me impressiona esse colorido;

Pois a “nossa” Petrobrás tem uma dona,

Um casal, digo, corrupção e um partido...

Cada roubalheira que o marketing abona,

Lavar com água suja inda preserva sentido;

O estopim das mentiras sempre detona,

Para entontecer bem nosso frágil ouvido;

o quadrilheiro mor sempre se empavona,

Covarde, ante um auditório escolhido...

Trabalham pra refazer a pintura da Mona,

Para que seja vermelho agora, o vestido;

A “Comissão da Verdade” tudo inspeciona;

Da Vinci, por certo, era só um bandido;

Essa canção bolivariana que se entona,

Sofrerá um acidente musical, um sustenido...

Cuba segue dando as cartas essa matrona,

Com seu marcado baralho e subvertido;

Maduro, a preço de sangue ora, se entrona,

Como se mesmo, maduro, não, apodrecido;

O manobrista que à massa útil direciona,

Transtorna uma metrópole esse fingido...

Céleres como o barbudo aquele, do Prona,

Que usava bem seu tempo, pois, reduzido;

O Foro de São Paulo esse bastardo inzona,

Que se sob suas asas o povo seria protegido;

Nenhum exemplo pretérito, porém, os abona,

Quisera a plebe acordasse de vez, mas, duvido...