O trabalhador

Um popular trabalhador a um poupa lar traidor.

Às vezes inventamos porquê

Sem saber o que dizer

Rotulado igual os enlatados

E o capital... um pecado!!

Às seis, já enlatado

Tentando ser recompensado

Seguindo uma tradição,

Sem muita atenção

Acaba o tempo, acaba a família

Trabalha mais que a pilha

Cansou das lágrimas na pia

O que valeu, agora, valia!

Por fora terno e gravata

Por dentro chinelo e calça rasgada

Uma pseudofelicidade

Sem um pingo de maturidade

Em seu escritório

Possui um ar de infortúnio

Simplesmente para marcar território,

ora! Me espera uma guerra de papel

Com chuva de papel picado

De raiva se faz da sexta, impecável,

a sexta do empreendimento cego

E totalmente esgotado

Às vezes sabemos o porquê

Mas inventamos ao dizer,

que essa paixão, sobre o pano,

Se tornou um mero escravo africano

Em busca, buscou

O remédio para diminuir

A doença que consumou

Onde tentou para se divertir

A doença de estar na cadeira

Só para encher carteira

E passar as férias na lareira

Nessa cadeira

Teve uma recaída,

De folego e coração

Apenas buscando remuneração

Arquivou tudo fora da mente

Com pasta cheia

Tampando o Sol pela peneira

Mas a vida flui como uma correia...

São dias e dias de fluxo

Enchendo o bucho

Com papel e mais papel

Deixando de ser fiel

Ao final de viagens

Volta para sua casa

E distorcida sua imagem

A família toda em brasa

Onde está seu negócio?

Na brasa perdeu a base

Na doença perdeu a crença

E com a quantidade, perdeu a felicidade

Juliano Barros N Martins
Enviado por Juliano Barros N Martins em 25/02/2014
Código do texto: T4706230
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