O trabalhador
Um popular trabalhador a um poupa lar traidor.
Às vezes inventamos porquê
Sem saber o que dizer
Rotulado igual os enlatados
E o capital... um pecado!!
Às seis, já enlatado
Tentando ser recompensado
Seguindo uma tradição,
Sem muita atenção
Acaba o tempo, acaba a família
Trabalha mais que a pilha
Cansou das lágrimas na pia
O que valeu, agora, valia!
Por fora terno e gravata
Por dentro chinelo e calça rasgada
Uma pseudofelicidade
Sem um pingo de maturidade
Em seu escritório
Possui um ar de infortúnio
Simplesmente para marcar território,
ora! Me espera uma guerra de papel
Com chuva de papel picado
De raiva se faz da sexta, impecável,
a sexta do empreendimento cego
E totalmente esgotado
Às vezes sabemos o porquê
Mas inventamos ao dizer,
que essa paixão, sobre o pano,
Se tornou um mero escravo africano
Em busca, buscou
O remédio para diminuir
A doença que consumou
Onde tentou para se divertir
A doença de estar na cadeira
Só para encher carteira
E passar as férias na lareira
Nessa cadeira
Teve uma recaída,
De folego e coração
Apenas buscando remuneração
Arquivou tudo fora da mente
Com pasta cheia
Tampando o Sol pela peneira
Mas a vida flui como uma correia...
São dias e dias de fluxo
Enchendo o bucho
Com papel e mais papel
Deixando de ser fiel
Ao final de viagens
Volta para sua casa
E distorcida sua imagem
A família toda em brasa
Onde está seu negócio?
Na brasa perdeu a base
Na doença perdeu a crença
E com a quantidade, perdeu a felicidade