Noite dos cachorros perdidos

Enquanto o latido

Toma conta das ruas,

Restos são jogados

Como banquete.

Na tentativa

De amordaçar,

Bocas famintas.

Como uma sinfonia absurda

A raiva espumando pela boca,

Já contamina as diferentes formas de vida.

Dessem-lhe pauladas!

Duchas generosas de agua!

Por um breve momento recuam

Mas fome é tanta,

Que seu amo assustado recua.

Corre e com medo se esconde,

Atrás de falsas propagandas

De alegrias gratuitas.