AMARGO COMO FEL
A bebida te entorpece,
Tanto quanto a fumaça...
A vida é doce como mel,
E não um barril de cachaça...
Teu umbigo te enaltece,
Mas teu pranto te abraça...
Teu abrigo é teu véu,
Sem gradil e sem couraça...
O calor que te enlouquece,
Vem da água de cabaça...
Mas a cor deste teu céu,
Não tem brio nem tem graça...
Teu castigo não tem prece,
Não tem carril que te embaça...
Teu fustigo é mausoléu,
Neste antro que te enlaça!
Autor: Valter Pio dos Santos
Ago-2013