Gente...
Os relógios não batem,
latem uma hora louca que não sei qual...
aferrenham minhas ideias sobre o agora,
sobre o que será, o que nada foi...
Passos são sempre apressando os meus,
tantos murmúrios, conversas, ódio...
tanta bagunça, sonho, suor.
Tem gente muito apressada, muito infeliz.
Entrando nos locais errados por querer,
falando o que não precisa ser ouvido,
reinventando amores, colecionando fones de ouvido.
Ninguém parou mesmo para ajudar?
Tem gente demais, totalmente sozinha,
escolhendo estar presente virtualmente,
sempre ausente no abraço fraternal,
no bom dia e boa noite pragmático.
Ah!Tem tanta gente!
Ninguém entende o motivo verdadeiro
pelo qual um chora e outro pragueja...
A peleja corriqueira de ter,aparentar...
tem mesmo gente verdadeira?