SR. CAOS (reedição)
Esses olhos que assistem aos retratos amargos...
Bocas que falam com os futuros mortos de outros dias...
Narizes filtrando o cheiro do sofrimento...
Ouvidos que apenas captam os ruídos da inerte e cega multidão...
Multidão que ao se deixar pisar, parte como o estraçalhar de vidros.
Sim! São os reis do caos que pisam com suas patas, no destino da comprada justiça dos inocentes.
Mesmo sabendo eles que notícias nos estampam em jornais,
nós também sonhamos acordados e temos objetivos, ideais...
Perante a lei será que ainda somos todos iguais?
Nada mais importa para este tipo de gente, eles querem apenas o poder.
Não se comovem com os pobres ou a causa da próxima morte que vai acontecer.
A bem da verdade, eu precisava salvar essas vidas, mas, o vômito da desonra, ira e ganância, jorra em cima dos filhos da falsa moral.
Na próxima vez, vote neles seu (animal)!
"O poder é o próprio espelho da auto destruição, somos apenas o seu desumano reflexo, articulados pela sua doentia imagem".
Aqui, perante o seu cargo, onde tu deverias ser para nós totalmente confiável, é o que decentemente sempre esperamos. Porém, acima dos outros tu vives bem melhor e mais que confortável, derrama-se pomposo nas suas belas festas; lá esta você em fotos e fatos, esnobe e impressionável..., sem ao menos ter misericórdia.
"Mas, de que adianta você comemorar a vitória com um fino trago e enganar os outros usando um bom terno, se este mesmo traje pelo seu ultraje vai queimar o seu rabo, quando você for alimentar o fogo do inferno?" E vos lembro: Espero que todos se deem muito mal por lá.
Sinceramente falando..., cedo ou tarde todos nós estaremos mortos, e eu espero de Deus (que não seja pelas suas mãos Sr. Caos), porque os maus elementos dessa sua estirpe, nunca deixarão de existir...
Quanto a mim eu vou pegar outra direção, tentando salvar a mim e a quem amo por pura sobrevivência.
Sendo assim, nem devo me importar com vidas alheias, infelizmente..., essa é a mais cruel verdade!
Joinville, 20/02/1991.