Um olhar pela janela urbana
Me vejo na rua,
No mundo da lua,
Me vejo agora,
Olhando lá fora,
Eu vejo muitos carros passando,
Alguns passeando,
Hermeticamente fechados, lacrados,
Com seus homens, mulheres e crianças,
Eu os vejo indo e vindo sem saber pra onde,
E porque existem.
Vejo também as casas,
Surpreendentemente engradadas,
Pessoas encarceradas, com medo,
Vejo só um pedaço do céu azul,
Mais fios elétricos entrelaçados e portes,
Do que nuvens.
Vejo trabalhadores empilhados,
Eu os vejo cansados, suados da lida,
Não há “paidegomia” e nem boemia na paisagem.
Vejo o “flanelinha” com sua ambição por espaço,
O olhar tenso e encucado dos transeuntes,
Não sei pra onde eles vão e eles também,
Nenhum animal perdido,
É meio dia.
Há muitas placas e parte delas não tem nada,
Há lojas e as prateleiras estão vazias,
Eu ali olhando pela janela,
Esperando o que?
Quem sabe, um sonho acontecer,
Ver as ruas florescerem,
O céu se abrir e a lua surgir ao escurecer,
Quem sabe, poder viver.
Me vejo na rua,
No mundo da lua,
Me vejo agora,
Olhando lá fora,
Eu vejo muitos carros passando,
Alguns passeando,
Hermeticamente fechados, lacrados,
Com seus homens, mulheres e crianças,
Eu os vejo indo e vindo sem saber pra onde,
E porque existem.
Vejo também as casas,
Surpreendentemente engradadas,
Pessoas encarceradas, com medo,
Vejo só um pedaço do céu azul,
Mais fios elétricos entrelaçados e portes,
Do que nuvens.
Vejo trabalhadores empilhados,
Eu os vejo cansados, suados da lida,
Não há “paidegomia” e nem boemia na paisagem.
Vejo o “flanelinha” com sua ambição por espaço,
O olhar tenso e encucado dos transeuntes,
Não sei pra onde eles vão e eles também,
Nenhum animal perdido,
É meio dia.
Há muitas placas e parte delas não tem nada,
Há lojas e as prateleiras estão vazias,
Eu ali olhando pela janela,
Esperando o que?
Quem sabe, um sonho acontecer,
Ver as ruas florescerem,
O céu se abrir e a lua surgir ao escurecer,
Quem sabe, poder viver.