Republicanos , pois bem

Republicanos, pois bem...

Grande porcaria és

homem de pouca fé

e de muita vaidade.

O céu caiu em gotas de sangue

naquele dia.

Morte e vida entrelaçaram-se

numa dança macabra.

A monarquia havia caído.

A República avizinhava-se,

o indígena também comemorou

e a promessa de esperanças

renascidas pelos tempos

chegava mais perto.

Quão rubra é a sua mão

tupi-guarani pele-vermelha?

Tão escarlate quanto é a tua,

homem-branco.

Cheia de sangue

dos inocentes de outrora

e os de hoje,

porque continuas a matar.

Viva a República!

Nova esperança no ar.

Nova pátria veio, viu e venceu,

mas a situação

dos indígenas permaneceu a mesma

Hoje, homens garbosos

de fronte altaneira

mas com tão imundo espírito

vem se chamar republicanos.

E o índio continua

a morrer sem dignidade.

Nem brasileiro é chamado.

Republicanos, pois bem.

Grande porcaria és,

homem de pouca fé

e de muita vaidade.

Não te chames republicano

que de República estamos tão

fartos quanto de qualquer monarquia.

República fajuta

não auxilia o indígena

em nada e ainda atrapalha...

Republicanos, pois bem...

Grande porcaria és

homem de pouca fé

e de muita vaidade.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 30/04/2013
Código do texto: T4267571
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