VAI-TE EMBORA ANO CRUEL
Dois mil e doze com sabor azedo,
Cheira a corrupção dor e sofrimento.
No ar sopra o vento agreste do medo,
O Mundo filme de terror, enredo,
Transformado num vulcão violento.
Alguém diz que o dinheiro não é cego,
E há quem lhe chame vil metal.
Nasce da ganância e desassossego,
Põe: pais, mães e filhos no desemprego,
E numa guerra podre e desigual.
Vai-te embora ano cruel, malvado,
Deixa entrar o sol a luz a amizade.
As ondas do mar com claridade,
Fortalecem o Homem revoltado,
Num Ano Novo e nova tempestade.
Carlos Cardoso Luís