Até uma próxima era
O frio cortante traga meu corpo,
enquanto a comiseração dilacera minh´alma.
Quantos mais vão ter que morrer de frio e de fome?
Nas ruas, nas ruelas, embaixo dos viadutos, das pontes.
Tanta miséria, tanto sofrimento.
Até quando o capital vai mostrar sua face cruel
e matar aos poucos
os restos de esperança que ainda teimam em existir?
Até quando vai continuar a vomitar
seu lixo midiático na nossa cara,
enquanto os desvalidos lutam para sobreviver?
Até quando vai levar exploração
aos assalariados e desespero aos desempregados?
Até que entendamos que a solidariedade foi feita para compartilhar,
até uma próxima era de amor e fraternidade.
Até uma próxima era...