O LIXO DO MUNDO
O LIXO DO MUNDO
Todo açúcar é ácido no cálice de cicuta do miserável.
O prato da rafa farta ilusões, prândio oásis à vista
O som do estômago azeda a azia no refluxo esofágico
É o arroto do corpo que consome músculos sustendo sua gordura.
A lentidão dos passos esqueléticos molda a sombra do incurável
É onde todo o pai nosso de cada dia vira contrabandista
E o instinto gregário revira o lixo paciente e necrofágico.
Há uma atecnia de recursos morais na humanidade de ternura...
E é abastecida na cegueira dos que só se enxergam.
A bunda da privada política abunda amor por sua prostatalgia
Peitam leis para o analfabetismo cultural do pobre em agonia.
O lodo do mundo é o luxo gástrico eleitoral obrigativo
Vai vomitado, e cinicamente, é o penico do candidato canalha.
O futuro será promissor se os incinerarmos numa fornalha.
CHICO DE ARRUDA.