O LIXO DO MUNDO

O LIXO DO MUNDO

Todo açúcar é ácido no cálice de cicuta do miserável.

O prato da rafa farta ilusões, prândio oásis à vista

O som do estômago azeda a azia no refluxo esofágico

É o arroto do corpo que consome músculos sustendo sua gordura.

A lentidão dos passos esqueléticos molda a sombra do incurável

É onde todo o pai nosso de cada dia vira contrabandista

E o instinto gregário revira o lixo paciente e necrofágico.

Há uma atecnia de recursos morais na humanidade de ternura...

E é abastecida na cegueira dos que só se enxergam.

A bunda da privada política abunda amor por sua prostatalgia

Peitam leis para o analfabetismo cultural do pobre em agonia.

O lodo do mundo é o luxo gástrico eleitoral obrigativo

Vai vomitado, e cinicamente, é o penico do candidato canalha.

O futuro será promissor se os incinerarmos numa fornalha.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 17/07/2012
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T3783700
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