Mãos Estendidas
Eis que eu contemplo uma infinidade delas,
Mãos magras e de todas as cores, cheias de dores,
Mãos castigadas pela miséria e pelos seus horrores,
Sim, estão estendidas e não são nada singelas.
Essas mãos que estão nas nossas ruas, frágeis e nuas,
Pedem... Sim! Pedem um olhar, um pão ou uma moeda,
Mãos que nos incomodam, pois não são minhas nem tuas,
Pedem... Pedem... da felicidade apenas uma janela.
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