POVO BRASILEIRO
POVO BRASILEIRO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Povo brasileiro que em seu país fica como companheiro,
Ou daqueles turistas que percorrem o mundo inteiro,
Não pelo que haja precisão de percorrer:
Culpa a todos como errante, e dele se acha certo como um juiz olheiro.
Das idiotices de quem é idiota pelo mundo inteiro,
Nas imbecilidades de quem é imbecil a espera de algo como porteiro,
Das bobeiras de quem é um bobo por qualquer palco de picadeiro,
As babaquices do babaca tocadores de algo distrativo como de por qualquer terreiro.
Das regras que lhe cabe e não tem paradeiro,
Pela estupidez de quem não sente nada por algum odor e nem o cheiro.
Das coisas sujas que se colocam para o lixeiro;
Daquilo que se tira e escapa quando entramos sem as vestes,
Para nos encontrarmos com as privacidades nos banheiros.
Escrevendo pela tinta que resta nos tinteiros.
Vícios que suja todo o chão.
Pelas lavagens necessárias das duas mãos,
Que permanece em grande número abandonado ou esquecido em algum cinzeiro.
É amável distanciados as vezes das vozes altas dos seresteiros,
No fundo bem fundo de suas poesias como belo cancioneiro...
É gentil extravagante por gastar até o último tostão
Pelo valor de quem não tem algum dinheiro.
Não ama o que é pra se amar e quando ama é um grande conselheiro,
Abraçando a sorte pelo que tem no clima como um grande festeiro.
Isso tudo é o povo amado pelo mundo inteiro.
Povo este de ideias, possuidor de um grande luzeiro.
Da harmonia constante que serve de relíquia a ser pendurado nos cós das roupas, ilustrativas na estampa de muitos chaveiros.
ESTE É O POVO DESTE BRASIL, POVO BRASILEIRO.