POVO BRASILEIRO

POVO BRASILEIRO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Povo brasileiro que em seu país fica como companheiro,

Ou daqueles turistas que percorrem o mundo inteiro,

Não pelo que haja precisão de percorrer:

Culpa a todos como errante, e dele se acha certo como um juiz olheiro.

Das idiotices de quem é idiota pelo mundo inteiro,

Nas imbecilidades de quem é imbecil a espera de algo como porteiro,

Das bobeiras de quem é um bobo por qualquer palco de picadeiro,

As babaquices do babaca tocadores de algo distrativo como de por qualquer terreiro.

Das regras que lhe cabe e não tem paradeiro,

Pela estupidez de quem não sente nada por algum odor e nem o cheiro.

Das coisas sujas que se colocam para o lixeiro;

Daquilo que se tira e escapa quando entramos sem as vestes,

Para nos encontrarmos com as privacidades nos banheiros.

Escrevendo pela tinta que resta nos tinteiros.

Vícios que suja todo o chão.

Pelas lavagens necessárias das duas mãos,

Que permanece em grande número abandonado ou esquecido em algum cinzeiro.

É amável distanciados as vezes das vozes altas dos seresteiros,

No fundo bem fundo de suas poesias como belo cancioneiro...

É gentil extravagante por gastar até o último tostão

Pelo valor de quem não tem algum dinheiro.

Não ama o que é pra se amar e quando ama é um grande conselheiro,

Abraçando a sorte pelo que tem no clima como um grande festeiro.

Isso tudo é o povo amado pelo mundo inteiro.

Povo este de ideias, possuidor de um grande luzeiro.

Da harmonia constante que serve de relíquia a ser pendurado nos cós das roupas, ilustrativas na estampa de muitos chaveiros.

ESTE É O POVO DESTE BRASIL, POVO BRASILEIRO.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 22/06/2012
Reeditado em 26/01/2017
Código do texto: T3737751
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