RODAMOINHO

Neste rodamoinho sou apenas mais um na multidão.

Às vezes me sinto sem chão;

Vou rodando, rodando nesta escravidão.

Escravo do tempo, do dinheiro e do consumo,

desse jeito eu quase sumo.

Corro, mas não vou a lugar algum,

pois a escravidão me tomou o sonho de liberdade.

Sou livre para voar, para caminhar...

Aonde vou parar?

Sou escravo de mim mesmo, escravo do ego e do medo,

sou escravo de tudo e de todos.

E, nesta imensidão,

um momento de reflexão:

escravo da indignação,

da ira e da imperfeição.

Então volto a refletir;

analiso o que está por vir.

E continuo nesta dança

de roda de criança.

A vida então nos sorri,

trazendo a esperança.

Há sempre uma luz no fim do túnel;

então podemos ir à frente.

Vamos, sem demora. Deixemos de pessimismo,

pois estamos a compartilhar este sorriso.

Não devemos desanimar,

pois há muito ainda para andar.

Por mais longa que seja a caminhada,

as pernas não podem ficar paradas,

esperando o cair da noite que, às vezes,

nos traz aquele velho medo e dúvida.

Indecisão não é bom, não faz bem,

pois vamos muito mais além.

Aleksei Valadão

Aleksei
Enviado por Aleksei em 07/05/2012
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