EM VÃO

A mãe,

uma criança ao seio,

amaldiçoa a guerra e chora,

e chora...

Seu pequenino filho, ainda no ventre,

já era órfão,

e eis que são dois agora...

Em vão morreste pelo mundo, Cristo,

cravejado na cruz, como um Deus vivo...

Não nos remiste ao mal,

à guerra,

à fome...

Somos cativos da miséria humana!

Tantos têm dito,

tantos têm repetido:

Cristo, Cristo,

sem que nada se modifique...

Nada,

nada,

nada...

É que todos nós somos do lodo, todos!..

Para o lodo vamos.