SILÊNCIO NAS OLIVEIRAS

O sonho acabou

Com a nevasca que veio do norte

Bem em frente dos meus olhos

Ainda estiquei as mãos

Para ler um último salmo

E descobrir que meu corpo

É mais que um templo

Ou um pedaço de carne

E que poderei suportar

Todo o flagelo

Da minha vigília

Nos porões das oliveiras

Enfeitados com flores verdes

E perfume de jasmim

Arnoldo Pimentel

Este poema é parte integrante do livro NUVENS

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