A PESTE

A PESTE

E do páramo maligno, vinda de ventres etéreos,...

Aterra nos cerúleos espaços da aurora terrestre.

Regurgita tua sanha em pélagos venéreos

E o humano ser supremo, foi teu mestre...

A imunodeficiência adquirida saiu do sacrário

E agora desfia teus preconceitos na candura hipócrita

Do estendal melancólico de uma sociedade incógnita.

E os prazeres notívagos, os gozos da cama, é-nos temerário.

A peste não é homossexual e tão pouco invalida o amor

Ela veio ensinar-nos a não mais amarmos como amador.

As manchas que mancham,... O cabelo que cai, a pele que gela...

É a caridade gritando por um fraternal abraço no irmão magricela.

A alvorada peregrina por dentre sóis palinuros

E dilui os nimbos brumosos dos céus impuros

É como a alma que anseia por uma limpidez,...

Fugidio das procelas de sua existência em chaga.

Os acúleos da desgraça são-nos uma lição merecida

Para que essa raça não mais banalize a vida.

Necessitamos aperfeiçoar nossos sentimentos

Para que os vindouros flagelos modernos

Não nos alquebre na crueza de sermos seus instrumentos.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 15/01/2012
Código do texto: T3441464
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