*** Palco da Vida***
_À Noite por quê?
Porque caem as máscaras, a hipocrisia desmonta-se;
Nem tudo que parece ser, é!
E o que parecia não ser; É.
As pessoas revelam-se.
As falsas identidades caem;
E os pensamentos mais loucos surgem
de quem menos espera-se. Covardes?
O beco escuro também é saudável.
Andar sozinha pelas ruas ouvindo os próprios passos,
ordenam os pensamentos desajustados.
Beber em lugares sujos, também é bom.
Observar o absurdo, traz experiência.
Na noite todos são iguais em um mesmo local,
terminam-se as frescuras cansativas do dia.
Anda-se na linha do equador;
Encontrá-se damas da noite e pierot’s
insandecidos por elevado despudor... irresolutos,
entrelaçam-se na dança do tempo escasso.
Bebem da liberdade com sofreguidão,
Fumam do que oferecem como tentação;
Cheiram das piores essências, a resolução.
Todos são autênticos, da plebe à monarquia.
E voltam às suas fantasias de arlequim e colombina adormecidos;
No raiar do dia entorpecido...
Por atores aturdidos.