*** Palco da Vida***

_À Noite por quê?

Porque caem as máscaras, a hipocrisia desmonta-se;

Nem tudo que parece ser, é!

E o que parecia não ser; É.

As pessoas revelam-se.

As falsas identidades caem;

E os pensamentos mais loucos surgem

de quem menos espera-se. Covardes?

O beco escuro também é saudável.

Andar sozinha pelas ruas ouvindo os próprios passos,

ordenam os pensamentos desajustados.

Beber em lugares sujos, também é bom.

Observar o absurdo, traz experiência.

Na noite todos são iguais em um mesmo local,

terminam-se as frescuras cansativas do dia.

Anda-se na linha do equador;

Encontrá-se damas da noite e pierot’s

insandecidos por elevado despudor... irresolutos,

entrelaçam-se na dança do tempo escasso.

Bebem da liberdade com sofreguidão,

Fumam do que oferecem como tentação;

Cheiram das piores essências, a resolução.

Todos são autênticos, da plebe à monarquia.

E voltam às suas fantasias de arlequim e colombina adormecidos;

No raiar do dia entorpecido...

Por atores aturdidos.

Grace Fares
Enviado por Grace Fares em 30/12/2011
Reeditado em 04/01/2012
Código do texto: T3414412
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