DANÇA DOS SÁTIROS
Brumas de calor ardente cerram odores escuros, viscosos
Que vaidosas peles hidratam no lusco-fusco da luz difusa por onde vagam seres trevosos;
Entre brumas reflexos surgem de tempos pagãos animais
Entre o mofo dos azulejos dessas escuras câmaras termais
Trevas úmidas, cálidas ocultam a face de Sátiros
Que dançando por ouro frenéticos
Conjuram Príapos na sombra escura
E no festival sombrio não se sente medo, mas desejos basilares
Entre velhos vampiros velhos de magnéticos plexos-solares
E o brilho áureo ambicioso com que a vampiresca seduz
Em reluzentes olhares brilhos todos os sátiros aduz
Ao vicio da ambição que aos sátiros desgasta
E alimenta de volúpia a velha vampiresca casta.