DANÇA DOS SÁTIROS

Brumas de calor ardente cerram odores escuros, viscosos

Que vaidosas peles hidratam no lusco-fusco da luz difusa por onde vagam seres trevosos;

Entre brumas reflexos surgem de tempos pagãos animais

Entre o mofo dos azulejos dessas escuras câmaras termais

Trevas úmidas, cálidas ocultam a face de Sátiros

Que dançando por ouro frenéticos

Conjuram Príapos na sombra escura

E no festival sombrio não se sente medo, mas desejos basilares

Entre velhos vampiros velhos de magnéticos plexos-solares

E o brilho áureo ambicioso com que a vampiresca seduz

Em reluzentes olhares brilhos todos os sátiros aduz

Ao vicio da ambição que aos sátiros desgasta

E alimenta de volúpia a velha vampiresca casta.

Cadu Daris
Enviado por Cadu Daris em 01/11/2011
Código do texto: T3311548
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