IRA

IRA

E o augúrio da ira faz-se soberano...

Àquele que traz no coração essa apouca

De um digno mundo faz-se tirano,...

Jamais verás a alfombra da paz que te alouca.

Oblitera do teu passado etereal,...

O nascimento! A vida que lhe foi doada...

Agora, já morta em ti à vida que lhe é amaldiçoada

Teu nervoso corpo é sensação em funeral.

Vomita tuas fezes de piche...

Para saciar tua covarde afeição ao mal

E apega-se no teu suplício com fetiche

Pleiteando ser, uma diferença bestial.

A raiva nada mais é, que o alarde dos ignorantes.

E é tão intrínseca em arrogantes,...

Nos filhos isentos de apreço e de cultura.

Ora! Guarde para ti essa amargura.

Fuja de mim! Ave de mau-agouro

A tua pequenez é teu sangradouro

Não se instalará na minha alma d’alva.

Obtempera-te diante desse sinistro

Reverdecerá em teus passos a poesia

E não se instalará em ti o anticristo.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 19/10/2011
Código do texto: T3286420
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