DROGAS
DROGAS
Invente uma droga
Injete a morte
Na veia calejada
Esperando a salvação.
(cheire sua sorte
Que a dor logra,
Uma narina alijada
De tanto perdão).
O baseado te afoga
Em nuvens de ilusão
Sem saber o rumo norte
Cospe a língua embolada.
Um chá de outra dimensão
Desce na mente molhada
E um bicho de grande porte
Agride-te, e interroga.
A base ao fumo untada
Reabre um grande corte
Nos nervos em confusão
E o corpo, não te dá folga.
(bolinhas de fácil aceitação
São consumidas em rodada
E em mãos em mãos empolga
E o transforma num forte.)
Deteriora-se sem que se importe
Acostumou-se com a podridão
E a vida que roga
Continua parada.
E na noite marcada
A sanidade malogra
E consumindo à exaustão
Nada impede que se entorte.
E em todas as manhãs
Essa dor no peito...
Essa poeira...
Esse cheiro...
De éter/na/mente.
Ah...!!! Essa confumalação toda
Esta me sufocando (...).
CHICO DE ARRUDA.