DROGAS

DROGAS

Invente uma droga

Injete a morte

Na veia calejada

Esperando a salvação.

(cheire sua sorte

Que a dor logra,

Uma narina alijada

De tanto perdão).

O baseado te afoga

Em nuvens de ilusão

Sem saber o rumo norte

Cospe a língua embolada.

Um chá de outra dimensão

Desce na mente molhada

E um bicho de grande porte

Agride-te, e interroga.

A base ao fumo untada

Reabre um grande corte

Nos nervos em confusão

E o corpo, não te dá folga.

(bolinhas de fácil aceitação

São consumidas em rodada

E em mãos em mãos empolga

E o transforma num forte.)

Deteriora-se sem que se importe

Acostumou-se com a podridão

E a vida que roga

Continua parada.

E na noite marcada

A sanidade malogra

E consumindo à exaustão

Nada impede que se entorte.

E em todas as manhãs

Essa dor no peito...

Essa poeira...

Esse cheiro...

De éter/na/mente.

Ah...!!! Essa confumalação toda

Esta me sufocando (...).

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 23/08/2011
Código do texto: T3176918
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