ÁLCOOL
ÁLCOOL
Emudecida dor
Que lancina
Um... Tal transeunte
Que a gota
Os altos calões o levam
Transporta a mente
Para a insanidade voraz
E, sedenta esfola
Um ser adorado.
Antes da gota
Em sua mente alojar
Tudo é esmola
Todos o amolam
E você, a tudo
E a todos transtorna.
Maldita gota
Que me enfurece
Na sanidade.
Ressequida boca
Fétida
Que mata
Gota a gota.
Amanhece, mas a mente
Escurece
Obstruída nada lembra
A volta do sonho
É a pior realidade.
Ofensas e imoralidades
O cercam
E cancerogênico
A todos acena
Muitos abandonam a cena
E o deixam
Que pena.
O energúmeno
Na maldita nevoa
Que brilha
A turva visão dupla.
Gota em gota
Morro
Mato-me
Trago a trago
Fortaleço-me
Sou um gigante
Obsoleto, deprimente
Fraco,... Sou doente.
As desculpas sucedem
E a embriaguez o segue.
Ate que o limite
Extrapola a paciência
E é deixado ao leu.
O tardio arrependimento
Enfurece teu ego machista
Revolta-se, mais já é tarde
Perdeste talvez, uma vida.
Que obsceno
Tu e o álcool.
CHICO DE ARRUDA.