ÁLCOOL

ÁLCOOL

Emudecida dor

Que lancina

Um... Tal transeunte

Que a gota

Os altos calões o levam

Transporta a mente

Para a insanidade voraz

E, sedenta esfola

Um ser adorado.

Antes da gota

Em sua mente alojar

Tudo é esmola

Todos o amolam

E você, a tudo

E a todos transtorna.

Maldita gota

Que me enfurece

Na sanidade.

Ressequida boca

Fétida

Que mata

Gota a gota.

Amanhece, mas a mente

Escurece

Obstruída nada lembra

A volta do sonho

É a pior realidade.

Ofensas e imoralidades

O cercam

E cancerogênico

A todos acena

Muitos abandonam a cena

E o deixam

Que pena.

O energúmeno

Na maldita nevoa

Que brilha

A turva visão dupla.

Gota em gota

Morro

Mato-me

Trago a trago

Fortaleço-me

Sou um gigante

Obsoleto, deprimente

Fraco,... Sou doente.

As desculpas sucedem

E a embriaguez o segue.

Ate que o limite

Extrapola a paciência

E é deixado ao leu.

O tardio arrependimento

Enfurece teu ego machista

Revolta-se, mais já é tarde

Perdeste talvez, uma vida.

Que obsceno

Tu e o álcool.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 20/08/2011
Código do texto: T3171287
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