CELIBATO EDUCACIONAL

Vejo tanta gente que não lê...

Leio tanta gente que não vejo

Falo tanta coisa que não devo...

E,... Devo tantas coisas que ouvir.

Sei que tenho muita coisa a aprender

Mas não consigo compreender

O porquê da literatura e da leitura

Não se alastra no prazer do saber.

Seduzem-nos com besteiras na TV

Programas derrocados em sua fama

Insistem mostrar o que não quero ver.

Educamos nosso povo, inerte na cama

Induzem o nosso país a um atrasado mundo novo...

... E ainda dizem: Que vale a pena ver de novo.

... Personalidades fluindo como astros

Mediocridades... Deixando rastros...

Castos,... Deixam de crescer... Celebridades?!?!

Vaidades... Das desnecessidades.

Esqueceu-se de nossos poetas e escritores

Dão dignidade à banalidade

Na desinteligência... Tornamos-nos atores.

Revistas sensacionalistas

Necessitam serem revistas.

8.511.965 km² é a nossa extensão territorial

E apenas temos 30 minutos de qualquer jornal nacional.

Somos 190.732.694 habitantes

E fossilizamos mentes importantes.

A pornografia avilta menores de idade... Incita toda sanha.

A mendaz novela que acompanha... Emburrica com lenidade.

No calendário enxergamos somente os suetos... Por todo ano.

Lemos em média 4,7 livros por ano... Intelectos obsoletos.

É tanta coisa desimportante... Que livros empoeiram em estante.

É tanta vaidade... Afortunando calamidade.

O orgulhoso é futuroso

As aparências são sem essências

A letra do Hino Nacional... É analfabetismo abissal...

Poucos sabem... Um dia quem sabe.

Eu na minha mendicância...

Sequioso em estudar...

Na minha lauta insignificância

Escrevo para desabafar.

Quem sou eu!!!

Sou qualquer pseudo

Que não me vendo para esse feudo

E não me vedo em desabafar

A ruída estrutura social... Anormal.

Como é inglória a gloria de educar.

CHICO DE ARRUDA.