POEMA DA VERGONHA
POEMA DA VERGONHA
P’ra que tatear
Tateia-se o vazio.
P’ra que andar
Anda-se arrastado.
P’ra que viver
Se as notícia ma matam.
(que o EFEMI deu fin.,
Com pedras Ia ckel preciosas,
Escandaloso mandi na oca
O colar de ninho branco
Desvio de ver Brás
A coroa do pastel).
Para que cheirar...
Sinto...
O podre ocre humano.
P’ra que enxergar
Vêem-se injustiças.
(o banco do canil,
É do titio)
P’ra que chorar
Quando tantos
Riem de mim.
P’ra que pensar
Se muitos
Pensam por mim.
(o plano furtaro
Brocha se foi
Martírio correu
É o mal do Il som.
Séria não era
Bernardo roeu).
Para que ouvir
Ouvem-se asneiras
P’ra que gritar
Se o som é abafado;
Nossa esperança?
(o porco comeu
O verde coloriu)
É esperrupta
(pobre andando de cru
No chão
E rico de cor no
Ar. )
Existirão melhoras?
Essa hisdólar
É papo cruzado
Um cruzeiro
É agora real
Nesse inferno pró-visório
O povo se tornou zumbi.
CHICO DE ARRUDA.