WATER-CLOSET

WATER - CLOSET

Descarregando a azia vomitada no retrocesso

Obreiam na câmara dos defecados

E na urinada dos mistérios

Retoca a maquiagem na cara madeirada.

No palhaço do nem to aí

Os ornamentais dão uma gargalhada.

Lavam no xampu as mãos enlameadas

Secando-as no quente ar com notas mensaladas.

No senhor tutelar feudal asseiam o bumbum do rei.

Na biodegradabilidade do caráter de suas personalidades

Empoeiram sua pia-máter no chão de suas vaidades.

No nitrato de prata ensaiam suas comicidades

Sujam a água racionada lavando suas malandragens

Ali, para antecedentes criminais não há triagens

Evacuam com todas as probabilidades.

No lago que ali esta, forma o esgoto desse maldito lar.

A energia que acende a ascensão na escuridão dos conchavos

Porventura aumenta os salários de todos os salafrários.

Impõem impostos torturantes jogados em cestinhos importantes

Usam chuveirinho refrescante, mas ressecam pêlos meliantes.

Qual higiênico papel limpará essas cagadas???

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 09/08/2011
Código do texto: T3148954
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