O pedinte e o amigo
Era uma noite de chuva
Na cidade, ninguém.
Apenas as casas
Com as portas fechadas.
Ah! Ali no canto
Do jardim um cão
Eu, o meu saco e a cidade vazia.
Sem etiqueta na contra mão.
As minhas roupas
Estão coladas no meu corpo
Molhadas, sórdidas e pesadas.
Eu aqui maculado sem dizer nada.
Súdito me atiça sobre o chão.
O cão lambe a minha boca
Meu traje, finalmente.
Alguém demonstrou que não tem medo de mim.