O LOUCO É NADA
Não sabe o seu próprio nome!
Nem se nasceu ou foi expelido,
Neste mundo tão cruel e infame,
Negado e forjado ao mal sucedido.
Antes era um filho, bebê comum,
Alegria, amor, choro amamentado.
Agora é um zumbi, bicho nenhum,
Abandonado, neste destino fadado.
Dezenas de anos irão se passar nesta aflição,
Desorientado, sempre procurando um abrigo.
Digerindo restos do lixo dos podres da nação.
Desprezado aos olhares, sem ter um amigo.
Antes ser então um animal, um belo passarinho,
Acomodar-se em uma vida livre e mais serena.
Alimentar-se da natureza, sua casa ser o ninho,
Agasalhar-se dentro das suas próprias penas.