UTILIDADE
Nunca na vida tive tanta utilidade,
Pra ultrapassar as minhas barreiras
Essas são a minha grande boa ideia
Porque não encontro as maneiras.
Tudo neste saber tem uma medida,
Que são as regras logo desta vez
Se o Poeta quer ter muita saída
Tem que se aperfeiçoar imenso.
Ás vezes lá oiço o meu telefone,
A tocar. Trimmmm.Vou apressado
Naquela altura vou mesmo a correr
Será que estou mesmo enganado?
Na geometria descritiva vemos o cone,
Fazemos uma circunferência com secante
Na matemática as contas estão ao lado
Só sei que nunca fui um bom estudante.
Por vezes ninguém quer que eu seja,
Quando tenho uma conversa expedita
Conheço muita gente que tem inveja
Mas pensando bem ninguém acredita.
Contudo lá vou pé ante pé e peço
A Deus que não me dê este castigo
Sei muito bem que não mereço…”
Mas tenho que ter cuidado co’ o p’rigo.
Muita gente hoje anda mesmo a estudar,
Com tanto desemprego que anda por ai
Entrementes não sei como lhe possa dizer
Talvez este País ainda vá mas é acabar.
Ando esta noite fora da orbita a cogitar,
Esperando uma pessoa que desconfio
No entanto descubro o que posso calar
Mas eu poderei então perder o pio.
A mim ninguém me quer dar as mãos,
Sou simplesmente uma grande pedra
Desconheço quem me pode fazer tudo
Conforme esta luta desta boa regra
.
LUÍS COSTA
Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2006