Humanidade

Está um calor degradante

Algumas pessoas difusas, confusas

No seu vagar lento dentro invento

Outras estão sentadas observando

Observam um sorteio sorteado

De não perdidos e nem achados

Prêmios de um certo acaso

Tapesaria persa, sapatos franceses

Flores dentro de um vaso

Dito números impossíveis

Uns sete, oito, três

Associando letras gregas

Tudo assim por assim de uma vez

Ganhadores de todas as formas

Formatos assim dizendo geométricos

Triangulares, circulares, quadrado

Poucos chegavam de lado

E assim se ia indo num percurso

Percurso este que era só rodinhas

Que não saia da extrema esquerda

Às vezes variava para a direita.

Pessoas de caras serenas, de rostos cansados

De faces felizes e semblantes declinados

Procuravam o que fazer, o que crer

Um pouco do que ver, um pouco no que se viver.

Diversão alheia e à parte

Não necessita de cartão de crédito

Tampouco algo voltado para o débito

Sorrisos desavisados, despreocupados

Não há entrada para pagar

É só sentar, relaxar, apreciar

Um show irá começar, recomeçar.

E assim se faz arte.

Nus gestos preditos, infindos

No quere dizer

Sejam bem-vindos.

Jhunnyor
Enviado por Jhunnyor em 16/03/2011
Código do texto: T2852394
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.