CRUELDADE

Quadrados cinzentos.
Crianças despidas,
Descalças, sem côr,
Sem identidade.
No seu peito a dor.
Dor que nos transmitem
Dos seus olhos tristes,
Com que olhem o mundo,
Sem paz, sem amor.
 
Que viver cruel!...
Tanta gente inútil.
Qual o seu papel
Neste vil cenário?
Há muito o 'squeceram,
Ou nunca o souberam.
Tantos com brasão,
Mas sem coração.
Não há comentário!...
Mas é co'a criança
Que se aprende a dar.
É flor que não cansa,
Que acalma, que amansa,
E não deixo de amar.
 
Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 09/02/2011
Reeditado em 06/03/2012
Código do texto: T2780993
Classificação de conteúdo: seguro