Menino de Rua, Menino-fome

"Menino de Rua", de olhos tristes,

Mente deformada por mil interrogações,

Sem rumo, sem caminho indefinido.

“Menino de Rua”, passarinho perdido,

Visto com indiferença!

Por que o mundo lhe é tão adverso?

Creio que o seu deus é o deus da descrença

Porque o seu problema é a fome.

Não adianta lhe convencer com conversas,

Ele é triste porque tem fome

De alimento e de carinho.

O “Menino de Rua” não tem noção

Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia

Ele é a própria humildade...

Parece que lhe é difícil estender a mão!

“Menino de Rua”, que não sabe ler

E nem escrever o seu nome.

“Menino de Rua” que nada pede para si,

Ansioso, quer saciar a sua fome.

Menino, fruto de um mundo corrompido.

Menino-tristeza, menino-sem-nome!

Sei que o seu horizonte é a incerteza,

Dá dó o seu olhar triste,

Menino- fome.

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 16/01/2011
Código do texto: T2733179