Insipiente sociedade
Cristãos simplesmente imperfeitos
Errados, não porque admitem
Afinal, erros existem, facilitam, insistem
De um lado da moeda está a afiada língua
De seres cercados de escassez
Com deszelo e desnecessidades
Intolerância, ímpio, penúria, míngua
E do outro lado:
Belíssimos e fantásticos cartões postais
Tendo a ambição fazendária lançada
Implantada nas elevações do soberbo
E no mercantilismo, apelações editadas no verbo
É, o mundo é mesmo assim
Cada um segue o destino que têm
Numa sociedade (a menor) cada vez mais,
Mergulhada em ínfimas chances
E os podres poderes afundando-se
No mar próprio, fétido, decomposto, corrompendo-se
Não há predileções e nem alternativas
E a mentalidade sociológica é burguesada
Por vezes intrigada e também indecisa
Mas ainda que tardio, haverá tempo próspero
Para se lograr o que for transparente da vida
Não dá para prever qual será o destino dos caminhos
Nem do gênero egocêntrico com pensamentos sozinhos
E na desenfreada sequência nascida de gente
Desleixos, ambições, usuras, direitos pendentes
É que derivam-se as inclusões de
Tediosos intentos íntimos do insipiente