Insipiente sociedade

Cristãos simplesmente imperfeitos

Errados, não porque admitem

Afinal, erros existem, facilitam, insistem

De um lado da moeda está a afiada língua

De seres cercados de escassez

Com deszelo e desnecessidades

Intolerância, ímpio, penúria, míngua

E do outro lado:

Belíssimos e fantásticos cartões postais

Tendo a ambição fazendária lançada

Implantada nas elevações do soberbo

E no mercantilismo, apelações editadas no verbo

É, o mundo é mesmo assim

Cada um segue o destino que têm

Numa sociedade (a menor) cada vez mais,

Mergulhada em ínfimas chances

E os podres poderes afundando-se

No mar próprio, fétido, decomposto, corrompendo-se

Não há predileções e nem alternativas

E a mentalidade sociológica é burguesada

Por vezes intrigada e também indecisa

Mas ainda que tardio, haverá tempo próspero

Para se lograr o que for transparente da vida

Não dá para prever qual será o destino dos caminhos

Nem do gênero egocêntrico com pensamentos sozinhos

E na desenfreada sequência nascida de gente

Desleixos, ambições, usuras, direitos pendentes

É que derivam-se as inclusões de

Tediosos intentos íntimos do insipiente

George Lemos
Enviado por George Lemos em 13/01/2011
Reeditado em 29/12/2012
Código do texto: T2727485
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