"Teatro da vida"

Que triste névoa cobre meu pranto,

Ao avistá-los tresloucados e sujos.

Buscando mãos iguais as suas...

Fazendo do crack sua companhia.

Que triste sina, de um viver errante,

Párias de um mundo sem fronteiras.

O hoje é o ontem, igual ao amanhã,

Numa sociedade cruel e injusta.

Fazem banquetes nas latas de lixo,

Quando encontram o que comer...

Seus dias são noites, as noites sem fim...

São crianças e jovens na procura incerta...

Ao final de um ato só muda os atores,

Nos palcos das ruas do teatro Brasil.

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 24/10/2010
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