"Teatro da vida"
Que triste névoa cobre meu pranto,
Ao avistá-los tresloucados e sujos.
Buscando mãos iguais as suas...
Fazendo do crack sua companhia.
Que triste sina, de um viver errante,
Párias de um mundo sem fronteiras.
O hoje é o ontem, igual ao amanhã,
Numa sociedade cruel e injusta.
Fazem banquetes nas latas de lixo,
Quando encontram o que comer...
Seus dias são noites, as noites sem fim...
São crianças e jovens na procura incerta...
Ao final de um ato só muda os atores,
Nos palcos das ruas do teatro Brasil.