SISTEMA BRUTO
Na ponta da língua
De um desejo, o prazer
E, por sentí-lo
Parar na ponta da língua de todos
A vida é um jogo
E as peças só encaixam
Se se enquadram na consciência geral
Mesmo que pegue fogo
Na imaginação particular
Por que atender um pedido
Da conduta social
Se o que está escondido
A razão diz que é normal?
Pensar não leva a nada
Que já não esteja definido
Pela sociedade quadrada
Que não vê seu próprio umbigo