SISTEMA BRUTO

Na ponta da língua

De um desejo, o prazer

E, por sentí-lo

Parar na ponta da língua de todos

A vida é um jogo

E as peças só encaixam

Se se enquadram na consciência geral

Mesmo que pegue fogo

Na imaginação particular

Por que atender um pedido

Da conduta social

Se o que está escondido

A razão diz que é normal?

Pensar não leva a nada

Que já não esteja definido

Pela sociedade quadrada

Que não vê seu próprio umbigo

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 04/07/2010
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