Ser subalterno da vida ou obediente
Não peço respeito e nem satisfação
O que peço é um pouco de compreensão
Desejo imaculado, desejo impróprio.
Me castigam ou me veneram?
E se eu sou o dono da perfeição? Não sei!
Mais para eles sou propriedade
Sou um carro, um barato
Sou todo em vão.
Porém nada na mão dos desejos,
Minha vontade é escassa
Minha vontade sagrada
E nos grandes sonhos de minha alma
Sou negado sem direito da fala.
Como gesto simbólico me calo
E me agacho, pois são meus donos
São meus mandos e a eles devo seguir.
Com a dor no coração eles são tudo,
São o chão, o ar, as águas e se juntarem
Esta sopa verão que são os meus pais.