O Eterno Retorno
Alas, senzala, abra alas
Arrume as malas
Que por inércia do destino
Tu ainda há de voltar
Asas, justiça, rompa o cárcere
Das bancarrotas casas
Que por infortúnio e plebiscito
Verão ainda o regressar
E pedirão justiça aos injustiçados
Implorarão senzalas aos abominados
Corre, euforia, seja atenta
Morre a alegria, pós detenta
E os batuques do pagode
Se aglomeram em sacos
Carregados pelo bode
Da agonia
Miséria, arreda, viada
Vai-te daqui, ‘marvada’
Sai-te de lá, acovardada
Chegue-se ao lixo
Seu ecológico nicho
Bem distante daqui
RF