O Eterno Retorno

Alas, senzala, abra alas

Arrume as malas

Que por inércia do destino

Tu ainda há de voltar

Asas, justiça, rompa o cárcere

Das bancarrotas casas

Que por infortúnio e plebiscito

Verão ainda o regressar

E pedirão justiça aos injustiçados

Implorarão senzalas aos abominados

Corre, euforia, seja atenta

Morre a alegria, pós detenta

E os batuques do pagode

Se aglomeram em sacos

Carregados pelo bode

Da agonia

Miséria, arreda, viada

Vai-te daqui, ‘marvada’

Sai-te de lá, acovardada

Chegue-se ao lixo

Seu ecológico nicho

Bem distante daqui

RF

O Intenso
Enviado por O Intenso em 18/08/2006
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