O lindo Rio sob a lama de abril
cacos de vidro no chão
folhas tantas às ventoinhas
olhos rasos d’água, à mancheia
água, lama, muita água e areia
lágrimas sem contas
todas as íris em arco aos céus
colorizdas bolitas às pressas largadas
sem poder fugir da morte, sem dó
uma casario sobre o lixo
um povo há muito sobre a miséria
desmanchada a paisagem que era
tornada lama, em pouco apenas pó