VIDAS AUSENTES!

No clarão irreal, o vicio dominador

Escravos deste apetite grosseiro

Pedras atiradas na própria sorte

Em cada viagem alucinógena

Tempo perdido em alucinação

Fuga da cruel realidade

No vazio das perspectivas...

Jogam-se vidas ao vão fútil

Restam-lhes olhos vermelhos

Corpos condenados ao chão

Corações talhados na pedra

Da legião crescente do vicio.

Não há sonhos, nem futuro

Há sangue quase inerte

De morto-vivo que vive-morto

Decerto o chão, a se abrir em covas.