Quem?
Nada mais que um passa tempo
Nada mais que um monte de surpresas frias
E a praça está vazia
Vendida aos tais que nada fazem.
Faz parte da rotina
Parafernálias pelas ruas
Carroças quebradas atrapalhando o tráfego.
E eu, burguês.
Observando e calando-me
Tanta falta de tato
Mentiras tantas vezes repetidas
E no canto da rua
Chora uma mulher quase vestida
Calor?
Não!
Perdeu tudo na enchente.
E ele falava, falava... Arrotava...!
E tinha os bolsos cheios de dinheiro.
Mas quem quer saber?
Ele já esteve lá outras vezes
Fez as mesmas promessas
E o povo já o conhece.
Abraços passados
Promessas esquecidas, mas o rosto malhado pela mídia.
Quanto roubou?
Já não se lembram, a televisão falou.
O seu rosto
Marcou! Cravou na lembrança do povo.
Quatro anos passam rápido demais!
Palavras ditas, esquecidas, mas ele é familiar.
Vem a minha casa e se duvidar até toma água.
Será?
Dentro de mais quatro anos ele volta
E se Clarinha estiver crescidinha até lhe compra umas balinhas.
Vamos aguardar.
Quatro anos passam rápido demais.
Lili Ribeiro