Um brasileiro abatido a tiros em Londres
Faz um ano que a polícia britânica matou Jean Charles de Menezes no metrô de Londres. Tomaram-no por suspeito de ser um terrorista. E, mesmo estando desarmado, foi assassinado com vários tiros no crânio. Xenofobia e pânico não deveriam ser as qualidades da Scotland Yard. Após as investigações, a polícia inglesa declarou que, como não existem provas suficientes, os policiais envolvidos no crime não serão condenados. -Querem prova maior que um cadáver crivado de projéteis das armas policiais? Queria ver a reação das autoridades e do povo britânico se o contrário houvesse acontecido. Já pensaram na manchete do Daily News noticiando o assassinato de um cidadão inglês pela polícia brasileira? Já imaginaram a desculpa esfarrapada de algum delegado brasileiro dizendo que os seus policiais suspeitaram que o gringo fazia parte do PCC? Na época escrevi uma poesia que agora, in memoriam, republico.
Jaz imolado e vencido
No chão do vagão do metrô
Um inocente estendido
Confundido com o terror.
Vítima do medo e do pânico
Que assola o solo londrino
Tentando ser um britânico
Foi tomado por assassino.
Ah...mas isso é besteira
Lá a polícia mata aos montes
Disse um sem-eira, nem-beira
A comparar brutamontes.
Antes que eu logo me esqueça
O motivo da questão
Sete balas na cabeça
Não é bala demais, não?
Faz um ano que a polícia britânica matou Jean Charles de Menezes no metrô de Londres. Tomaram-no por suspeito de ser um terrorista. E, mesmo estando desarmado, foi assassinado com vários tiros no crânio. Xenofobia e pânico não deveriam ser as qualidades da Scotland Yard. Após as investigações, a polícia inglesa declarou que, como não existem provas suficientes, os policiais envolvidos no crime não serão condenados. -Querem prova maior que um cadáver crivado de projéteis das armas policiais? Queria ver a reação das autoridades e do povo britânico se o contrário houvesse acontecido. Já pensaram na manchete do Daily News noticiando o assassinato de um cidadão inglês pela polícia brasileira? Já imaginaram a desculpa esfarrapada de algum delegado brasileiro dizendo que os seus policiais suspeitaram que o gringo fazia parte do PCC? Na época escrevi uma poesia que agora, in memoriam, republico.
Jaz imolado e vencido
No chão do vagão do metrô
Um inocente estendido
Confundido com o terror.
Vítima do medo e do pânico
Que assola o solo londrino
Tentando ser um britânico
Foi tomado por assassino.
Ah...mas isso é besteira
Lá a polícia mata aos montes
Disse um sem-eira, nem-beira
A comparar brutamontes.
Antes que eu logo me esqueça
O motivo da questão
Sete balas na cabeça
Não é bala demais, não?