Vanessa

Bela moça, criança, desesperada

A partida e o parto que faz sangrar

O medo desenfreado aos dezesseis anos

Curiosas descobertas

Cobre-se de ingenuidade

Se descobre da pureza e dos sonhos infantis

Sem meios de sensualidade

Perverte-se com o primeiro perverso

Dez, vinte, trinta reais

E perde o corpo, bebe ao copo, a copula se faz

Vive a vida sem saber reais significados

De vasto, dos vultos, do viril

Toma-lhe a boca e os braços

Nem dor , nem prazer

Lagrimas silenciosas e cálidas

Misturam-se com o suor do desconhecido

Calor e medo se embalam com gemidos

Caricias agressivas, mãos calosas

Ventre, colo, semente

Pela janela o chuvisco da noite

Mate a criança , descubra a mulher .

Paula Rodrigues (Coka)
Enviado por Paula Rodrigues (Coka) em 02/12/2009
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