CANTEIROS DA ALMA
Tento construir o mais precioso poema
Para moldar no quadro que escrevo
Forma nova que à inspiração me cobre
No paraíso das letras me atrevo.
Vou colhendo uma por uma
No cesto mácio da alma
Do meu geito colho elas
Para que sorvam minha calma.
No silêncio sou conduzido
Colhendo à rica semente
Tempero cada palavra
Prá alimentar nossa gente.
E na raíz dessa planta
Adubo à minha maneira
Rego todas com cuidado
Prá que dure a vida inteira.
As palavras vem pulsadas
Para todas gerações
Escrevo tudo que penso
Para todos os corações.
E nos canteiros da alma
Me alimento de versos
Que inspirados poetas
Plantem letras no universo.
Edegar Soares
(Uruguaiana meu Pago - Guaiba minha querência)
10 JULHO 2006